Notícia » DISCUSSÃO SOBRE O CENÁRIO POLÍTICO I
Caros internautas e ouvints de " O Radião". A partir de hoje estaremos dando início a algumas discussões acerca do cenário político-eleitoral deste ano de 2018. Buscaremos de forma isenta, imparcial e propositiva, convidá-los a refelxões profundas sobre o tema. A seguir, transcrevemos um trexo da revista exame virtual para seu conhecimento. EXAME convidou três analistas e consultorias para traçar previsões para o cenário político em 2018. Veja o que eles disseram: Eleição deve ter menor protagonismo, mas elevada competitividade de PT e PSDB. Quem diz: Vitor Oliveira, sócio-diretor da Pulso Público. Entre 1994 e 2014, houve uma boa dose de previsibilidade em nosso sistema político. 2018 anunciava ser um ano revolucionário, mas a inércia deve ser maior do que o esperado por muita gente. Mesmo sob o efeito da Operação Lava Jato, a perspectiva de múltiplas candidaturas presidências foi reduzida; outsiders ao sistema partidário não se viabilizaram, o PSDB melhorou sua coordenação interna e amenizou seu oposicionismo, enquanto o PT voltou seu discurso para as bases, visando mobilizar sua base e reduzir o risco de alternativas no campo da esquerda. Sem a economia como catalizadora de uma candidatura, reduz-se a chance de que o atual Governo corra sozinho em 2018, reforçando a perspectiva de coordenação das forças que levaram Temer ao poder. Ademais, o próprio sistema eleitoral favorece a concentração de votos em poucos candidatos, por conta do comportamento estratégico do eleitor – o famoso voto útil – já no 1º turno. Isto reduz o risco de uma candidatura extremista ser viável. Parece provável um cenário eleitoral próximo ao de 2002, com menor protagonismo mas elevada competitividade de PT e PSDB, ainda que isto manifeste apenas às vésperas da votação, quando o peso de suas estruturas nacionais, das prefeituras e governos que controlam e da campanha na TV terá mais impacto. Até a eleição, a agenda legislativa deverá ter o predomínio de temas que distribuam benefícios a grupos de interesse específicos e eleitoreiros, em detrimento de uma agenda que crie conflitos entre grandes grupos sociais e dependa de quórum elevado, como a reforma da previdência em seu formato atual, dada a fragilização da liderança do Planalto junto à Coalizão de Governo. Isso não torna impossível a aprovação da reforma previdenciária, mas requer que o custo político seja pago com ajustes severos no texto e mais concessão de cargos e recursos de governo. PROFESSOR MESTRE EUZEBIO SILVA/COLUNISTA.
Caros internautas e ouvints de " O Radião". A partir de hoje estaremos dando início a algumas discussões acerca do cenário político-eleitoral deste ano de 2018. Buscaremos de forma isenta, imparcial e propositiva, convidá-los a refelxões profundas sobre o tema. A seguir, transcrevemos um trexo da revista exame virtual para seu conhecimento.
EXAME convidou três analistas e consultorias para traçar previsões para o cenário político em 2018. Veja o que eles disseram: Eleição deve ter menor protagonismo, mas elevada competitividade de PT e PSDB. Quem diz: Vitor Oliveira, sócio-diretor da Pulso Público.
Entre 1994 e 2014, houve uma boa dose de previsibilidade em nosso sistema político. 2018 anunciava ser um ano revolucionário, mas a inércia deve ser maior do que o esperado por muita gente.
Mesmo sob o efeito da Operação Lava Jato, a perspectiva de múltiplas candidaturas presidências foi reduzida; outsiders ao sistema partidário não se viabilizaram, o PSDB melhorou sua coordenação interna e amenizou seu oposicionismo, enquanto o PT voltou seu discurso para as bases, visando mobilizar sua base e reduzir o risco de alternativas no campo da esquerda.
Sem a economia como catalizadora de uma candidatura, reduz-se a chance de que o atual Governo corra sozinho em 2018, reforçando a perspectiva de coordenação das forças que levaram Temer ao poder.
Ademais, o próprio sistema eleitoral favorece a concentração de votos em poucos candidatos, por conta do comportamento estratégico do eleitor – o famoso voto útil – já no 1º turno. Isto reduz o risco de uma candidatura extremista ser viável.
Parece provável um cenário eleitoral próximo ao de 2002, com menor protagonismo mas elevada competitividade de PT e PSDB, ainda que isto manifeste apenas às vésperas da votação, quando o peso de suas estruturas nacionais, das prefeituras e governos que controlam e da campanha na TV terá mais impacto.
Até a eleição, a agenda legislativa deverá ter o predomínio de temas que distribuam benefícios a grupos de interesse específicos e eleitoreiros, em detrimento de uma agenda que crie conflitos entre grandes grupos sociais e dependa de quórum elevado, como a reforma da previdência em seu formato atual, dada a fragilização da liderança do Planalto junto à Coalizão de Governo. Isso não torna impossível a aprovação da reforma previdenciária, mas requer que o custo político seja pago com ajustes severos no texto e mais concessão de cargos e recursos de governo.
PROFESSOR MESTRE EUZEBIO SILVA/COLUNISTA.