Lula sinalizou que será preciso enfrentar oposição dentro da máquina pública.
Lula diz que pode enfrentar oposição dentro da máquina pública Em reunião de diretório do PT, presidente eleito prevê demissão de militares de cargos comissionados e pede união contra o bolsonarismo.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de forma remota, nesta quinta-feira (8), de reunião do diretório do Partido dos Trabalhadores, em Brasília, e pediu união da legenda para enfrentar o bolsonarismo durante o mandato.
Conforme participantes do encontro, para manter a governabilidade, o presidente eleito sinalizou que será preciso enfrentar oposição dentro da máquina pública, inclusive com demissões de indicados do governo de Jair Bolsonaro (PL), como militares que ocupam a esplanada.
De acordo com essas fontes, Lula ressaltou que a vitória nas urnas foi apertada, demonstrou preocupação em relação ao próximo ano e consciência sobre o cenário mais complexo que deve enfrentar em seu terceiro mandato, com questões estruturais e orçamentárias a serem resolvidas.
Após o encontro, o PT divulgou uma resolução pedindo mobilização, para a cerimônia de posse e o próximo ano, dos movimentos populares que apoiaram Lula na campanha.
O PT deve enviar à Lula, até início da próxima semana, uma lista com nomes e áreas prioritárias que o partido deseja durante o mandato. A legenda deve solicitar entre doze e treze pastas.
Lula deve se encontrar na noite desta quinta com a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, no hotel em que está hospedado na capital federal.
O presidente eleito convocou coletiva à imprensa para esta sexta-feira (8). Fontes do partido dos trabalhadores, que participaram da reunião, afirmam que Lula destacou no encontro que irá anunciar ministros.
A expectativa é para o anúncio de três a quatro pastas: Defesa, Fazenda, Justiça e Casa Civil.
A CNN apurou que o representante do Ministério da Defesa e ponto focal da transição já foi comunicado sobre anúncio nesta sexta do nome do novo ministro para a pasta.