Notícia » DISCUSSÃO SOBRE A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NO BRASIL
Espíritas e a legalização do aborto: Ser à favor ou ser contra? Quem está certo ou errado afinal? Bem, eu como espírita, há um tempo venho reparando quais são as posições dos espíritas em relação ao tema aborto. Aliás, este tema não é novo dentro do meio espírita e sequer há falta de conhecimento do ponto de vista da doutrina espírita e dos livros espíritas em geral. Ou seja, o que não falta é conhecimento para se digerir e se esclarecer sobre a questão do aborto e qual deveria ser a nossa posição como espírita quanto ao tema. Entretanto, há muito vem me intrigando as posições dos espíritas quanto ao aborto. O tema — por incrível que pareça, divide muitas opiniões, o que na minha opinião, não deveria acontecer com tamanha proporção. Compreendo que é natural as pessoas concordarem e discordarem em certos temas, mas nunca pensei que haveria tamanho embate devido à tanta informação que temos em nossas mãos sobre o assunto. Por esta razão, vim aqui escrever este artigo para expor minha opinião dentro dos meus conhecimentos que tenho sobre esta doutrina/religião maravilhosa que é o espiritismo e sobre os conhecimentos que eu tenho sobre a questão do aborto. Afinal das contas, para o espírita é moralmente correto o aborto? A resposta é: não. Não há duvidas quanto à isso. No livro dos espíritos, questão 358, Kardec pergunta aos espíritos: “Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?” Resposta — “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ouquem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando”. E sobre os direitos do ser humano, foi categórica a resposta dos EspíritosSuperiores a Allan Kardec na questão 880 de O Livro dos Espíritos: Pergunta — Qual o primeiro de todos os direito naturais do homem? Resposta — “O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contraa vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal”. É totalmente claro que o aborto é moralmente incorreto na visão espírita, e todos que conhecem os fundamentos básicos da doutrina sabem que o aborto constitui crime perante as leis Divinas. Logo, praticá-lo é errado e passível de consequências para o espírito encarnado que o pratica. Não obstante, este não é o argumento principal do espírita que é a favor da legalização do aborto, porque, este sabe que é errado, pois a doutrina é sempre clara e objetiva e não dá espaços para brechas e relativismos quanto à esta questão. Kardec deixa uma única exceção quanto ao aborto: é válido se a mulher corre o risco de perder a vida por complicações do parto. Então, se o argumento principal do espírita não é moral, qual seria de fato o argumento? O fato é que, os espíritas os quais eu debati, são contra a prática mas são à favor da legalização. Em outras palavras: “Eu não faço, mas se você quiser fazer por algum motivo X ou Y, está ok!”. Esta linha de raciocínio poderia ser extremamente válida para as mais diversas questões, exceto o aborto. Do mesmo modo que, este argumento não é válido para falar sobre homicídios, ele não é válido para falar do aborto, estupros, escravidão e outros. Em nenhum momento você diz: “Eu particularmente não mato ninguém, mas se você quiser matar por algum motivo X ou Y, está ok!” ou “Eu não estupro ninguém, mas se você quiser estuprar alguém por algum motivo X ou Y, está ok” ou “Eu não tenho escravos mas se você quiser ter um por algum motivo, está tudo bem!”. É claramente uma falácia quando a pessoa usa este tipo de raciocínio como se este pudesse abordar de maneira moral todos os tópicos. Kardec também pergunta sobre quando se inicia a vida, para aqueles que tem dúvidas sobre isso. Na questão 344 de O Livro dos Espíritos, Kardec questiona os espíritos: “Em que momento a alma se uns ao corpo?” Resposta — “A união começa na concepção, mas só é completa por ocasiãodo nascimento. Desde o instante da concepção o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vaiapertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que orecém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.” Ou seja, para muitos que são espíritas e leva em conta a ideia de que a ciência não determina onde começa a vida ou até mesmo que somente a partir dos 3 meses que o feto passa a ser um ser vivo, sabe muito bem que na verdade o espírito ali já está conectado e esperando o momento para se conectar de vez na hora do seu nascimento. Portanto, interromper o processo por métodos abortivos impede que o espírito possa ter uma nova chance, chance esta que pode ser a sua última devido o nosso processo global em rumo ao mundo de regeneração. Então, interromper a formação do feto é interromper toda uma programação para o espírito que está para encarna
Espíritas e a legalização do aborto: Ser à favor ou ser contra? Quem está certo ou errado afinal?
Bem, eu como espírita, há um tempo venho reparando quais são as posições dos espíritas em relação ao tema aborto. Aliás, este tema não é novo dentro do meio espírita e sequer há falta de conhecimento do ponto de vista da doutrina espírita e dos livros espíritas em geral. Ou seja, o que não falta é conhecimento para se digerir e se esclarecer sobre a questão do aborto e qual deveria ser a nossa posição como espírita quanto ao tema. Entretanto, há muito vem me intrigando as posições dos espíritas quanto ao aborto. O tema — por incrível que pareça, divide muitas opiniões, o que na minha opinião, não deveria acontecer com tamanha proporção. Compreendo que é natural as pessoas concordarem e discordarem em certos temas, mas nunca pensei que haveria tamanho embate devido à tanta informação que temos em nossas mãos sobre o assunto. Por esta razão, vim aqui escrever este artigo para expor minha opinião dentro dos meus conhecimentos que tenho sobre esta doutrina/religião maravilhosa que é o espiritismo e sobre os conhecimentos que eu tenho sobre a questão do aborto.
Afinal das contas, para o espírita é moralmente correto o aborto?
A resposta é: não. Não há duvidas quanto à isso. No livro dos espíritos, questão 358, Kardec pergunta aos espíritos: “Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?”
Resposta — “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou
quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando”.
E sobre os direitos do ser humano, foi categórica a resposta dos Espíritos
Superiores a Allan Kardec na questão 880 de O Livro dos Espíritos:
Pergunta — Qual o primeiro de todos os direito naturais do homem?
Resposta — “O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra
a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal”.
É totalmente claro que o aborto é moralmente incorreto na visão espírita, e todos que conhecem os fundamentos básicos da doutrina sabem que o aborto constitui crime perante as leis Divinas. Logo, praticá-lo é errado e passível de consequências para o espírito encarnado que o pratica. Não obstante, este não é o argumento principal do espírita que é a favor da legalização do aborto, porque, este sabe que é errado, pois a doutrina é sempre clara e objetiva e não dá espaços para brechas e relativismos quanto à esta questão. Kardec deixa uma única exceção quanto ao aborto: é válido se a mulher corre o risco de perder a vida por complicações do parto.
Então, se o argumento principal do espírita não é moral, qual seria de fato o argumento?
O fato é que, os espíritas os quais eu debati, são contra a prática mas são à favor da legalização. Em outras palavras: “Eu não faço, mas se você quiser fazer por algum motivo X ou Y, está ok!”.
Esta linha de raciocínio poderia ser extremamente válida para as mais diversas questões, exceto o aborto. Do mesmo modo que, este argumento não é válido para falar sobre homicídios, ele não é válido para falar do aborto, estupros, escravidão e outros.
Em nenhum momento você diz: “Eu particularmente não mato ninguém, mas se você quiser matar por algum motivo X ou Y, está ok!” ou “Eu não estupro ninguém, mas se você quiser estuprar alguém por algum motivo X ou Y, está ok” ou “Eu não tenho escravos mas se você quiser ter um por algum motivo, está tudo bem!”. É claramente uma falácia quando a pessoa usa este tipo de raciocínio como se este pudesse abordar de maneira moral todos os tópicos.
Kardec também pergunta sobre quando se inicia a vida, para aqueles que tem dúvidas sobre isso. Na questão 344 de O Livro dos Espíritos, Kardec questiona os espíritos: “Em que momento a alma se uns ao corpo?”
Resposta — “A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião
do nascimento. Desde o instante da concepção o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai
apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que o
recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.”
Ou seja, para muitos que são espíritas e leva em conta a ideia de que a ciência não determina onde começa a vida ou até mesmo que somente a partir dos 3 meses que o feto passa a ser um ser vivo, sabe muito bem que na verdade o espírito ali já está conectado e esperando o momento para se conectar de vez na hora do seu nascimento. Portanto, interromper o processo por métodos abortivos impede que o espírito possa ter uma nova chance, chance esta que pode ser a sua última devido o nosso processo global em rumo ao mundo de regeneração. Então, interromper a formação do feto é interromper toda uma programação para o espírito que está para encarnar/reencarnar. Mas… toda esta argumentação ainda não é o suficiente para o espírita ser contra a legalização do aborto do nosso país, ainda há outros pontos bem materialistas para serem derrubados e convencer de vez o espírita que a legalização do aborto seria realmente ruim, pois, até agora todos os pontos mencionados até aqui foram apenas do ponto de vista doutrinário/religioso e não realmente científicos e nem sociológicos.
Sobre a formação da vida
Muitos espíritas vêm comprando a ideia de que a vida apenas se forma a partir dos 3 meses ou que a ciência não determina onde realmente começa a vida ou não— ideias estas muito vendidas por movimentos pró-aborto, feministas etc. Mas o que a ciência realmente diz sobre isto?
O clássico manual de Langman sobre embriologia, utilizado nas faculdades de medicina para a aprendizagem do desenvolvimento humano inicial, explica, de maneira simples, o processo da fecundação: “Uma vez que o espermatozoide ingressa no gameta feminino, os núcleos masculino e feminino entram em contato íntimo e replicam o seu DNA”. Esta união gera uma nova célula, chamada zigoto.
Esta nova célula possui uma identidade genética própria, diferente da que pertence aos que lhe transmitiram a vida, e a capacidade de regular o seu próprio desenvolvimento, o qual, se não for interrompido, passará por cada um dos estágios evolutivos do ser vivo, até a sua morte natural.
Embora esta constatação não é unânime para todos os cientistas, esta ainda é um grande peso no meio científico. Mas a ciência é assim. Teorias e evidências são válidas para o meio científico. Portanto, por mesmo que algo seja consenso científico hoje, ainda pode haver uma minoria de cientistas que trabalham para provar suas teorias e botar em cheque o consenso acadêmico com novas evidências. A ciência está se renovando sempre, e isso é normal. A própria ciência já assegurou que a vida começa na fecundação 5 vezes. Confira aqui.
E o nosso grande dilema é: Em quem eu realmente acredito? Uma hora um zigoto/feto pode ser considerado vida, outrora considerado vida somente após os 3 meses quando o feto já está formando e assim adiante. Então, em que devemos nos pautar e como devemos nos pautar?
Argumento filosófico sobre a formação da vida
Além dos argumentos doutrinário-religioso, devemos entrar em um raciocínio também filosófico sobre a formação da vida. É imprescindível se pautar por meio da racionalidade e do bom senso — exatamente como Kardec nos pede. Portanto, seria impossível de tocar neste assunto sem entrar em questionamentos filosóficos.
A biologia básica nos diz que o zigoto é o estado pós-fecundação e onde começa o processo de desenvolvimento do feto para no futuro vir a nascer. Este processo é claro para todos e ninguém o nega. Logo, será que realmente podemos dizer que não há nenhum sinal de vida naquele que está em pleno processo de formação? A formação da vida não seria um indício da própria vida do ser? E o útero não seria o órgão que indica se há vida ou não dentro dele?
Sabemos que, os abortos espontâneos ocorrem de forma natural quando o útero rejeita o feto por algum motivo. Dentro dos principais motivos, o mais comum é a morte do feto/zigoto. Quando o útero percebe que não há mais indício de vida para o feto se desenvolver, ele o expele causando os abortos espontâneos, caso contrário, ele ainda persiste em assegurar o desenvolvimento do mesmo com complicações ou não. Não é a toa que, mesmo que o corpo esteja em má formação, o processo de desenvolvimento ainda continua até o momento do nascimento. Saiba mais sobre o aborto espontâneo aqui .
Logo, se os abortos espontâneos são causados pela morte do feto ou pelo fim de qualquer indício de vida que possa existir dentro do útero, então, por que ainda persistirmos na ideia de que o feto não tem vida? Ou de que ele apenas tem vida após 3 meses ou qualquer coisa do tipo? Se o próprio órgão feminino desenvolvedor da vida nos mostra que ali tem uma vida e repele o feto como objeto estranho quando este não tem condições de se formar e nascer, que mais respostas queremos? Não seria mais racional deixar que o útero decida o que é vida e o que não é? Especialmente se há alguma dúvida sobre quando começa a vida humana? É importantíssimo pensar sobre isso.
O lado social do aborto
Os principais argumentos sobre a legalização do aborto provém de alguns dados que dizem que as mulheres estão abortando muito mais sem a legalização e estão morrendo por causa das complicações do aborto em clínicas clandestinas em quantidades imensas. Estes dados provém do Instituto Allan Guttmacher que estima que 1 milhão de abortos ilegais ocorrem no Brasil por ano. Mas o que é o Instituto Allan Guttmacher?
O Instituto Allan Guttmacher se originou dentro da corporação abortista chamada Planned Parenthood Federation of America (PPFA), uma clínica fundada por Margaret Sanger, uma ex-enfermeira. Porém, o que poucos sabem sobre Margaret, é que ela discursou para a Ku Klux Klan (KKK) em 1926 para divulgar suas ideias de controle populacional e ter apoio da KKK. Margaret teve a grande idéia de fundar a PPFA para esterilizar a população, para diminuir o número de deficientes via aborto, inclusive para abrir espaço para o aprimoramento racial. Tudo isso no intuito de diminuir a população em geral, sobretudo a população negra dos EUA.Com o pretexto de estar lutando pelo direito de escolha das mulheres sobre os seus corpos ela venceu esta batalha. Hoje, a maioria das clínicas de aborto nos EUA ainda permanecem em bairros negros devido à luta de Margaret Sanger para a legalização do aborto na nação norte-americana. A primeira clínica da PPFA foi fundada no Brooklyn, um bairro negro, o que demonstra muito bem suas intenções eugenistas.
Fontes
Margaret Sanger: sobre controle populacional, aprimoramento racial e eugenia:https://www.nyu.edu/projects/sanger/webedition/app/documents/show.php?sangerDoc=143449.xml
Margaret Sanger: a função da esterelização:https://www.nyu.edu/projects/sanger/webedition/app/documents/show.php?sangerDoc=304387.xml
Primeira clínica no Brooklyn:https://en.wikipedia.org/wiki/Planned_Parenthood
O Instituto Allan Guttmacher serve aos interesses da PPFA e desde sua fundação também tem o objetivo de levar adiante as ideias de planejamento familiar, vulgo, legalização do aborto. O instituto fora financiado pela PPFA por bastante tempo. Seu último financiamento recebido pela PPFA foi em 2013 em uma quantia de 13 milhões de dólares segundo o Instituto. Ainda hoje o Instituto recebe financiamento de organizações, agências governamentais e contribuições individuais. No site original do Instituto você pode encontrar a sua história e todas as informações aqui presentes. Acesse o site oficial.
Como podemos confiar em dados de instituições que têm como objetivo a própria legalização do aborto? É como confiar nos dados dos lobos sobre a segurança das galinhas. Caso queira saber com mais detalhes sobre estes dados, recomendo muito que você assista esta palestra abaixo do Bernardo P. Kuster. A duração é de 30 minutos mas vale a pena para entendermos como estamos tão vulneráveis em questão de estatísticas.
https://medium.com/@brunolopes_61254/esp%C3%ADritas-e-a-legaliza%C3%A7%C3%A3o-do-aborto-ser-%C3%A0-favor-ou-ser-contra-quem-est%C3%A1-certo-ou-errado-afinal-4dafa4de6da1
Professor Mestre Euzebio Silva/Colunista.